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ATIVIDADES LITERÁRIAS DE FICÇÃO

 

 

 

PUBLICAÇÕES:

    Autor do romance «Flávia e João», e. Mar de letras, registo 33 347, em 1996/04/09 *

 

PROJETOS DE FICÇÃO (alguns com edição meramente para ofertas):

«O Deus Feminino», registo n.º 2768/2001.

«A Amarga Facilidade», registo 622/2002.

«O Céu (Im)Possível» e «Estatutos da Sociedade Perfeita», registo 431/2009.

«Histórias que o Avô Deixou», registo 2210/2002.

«Os Deuses Vivos da Vida», registo 1372/2001.

«Viagens Atribuladas», registo 3998/2002.

«O Doloroso Dilema», registo 5473/2006.

«O Contraponto Augusto», registo 5473/2006.

 

ACABAMENTO DOS TRABALHOS

   CD-ROM, ou folhas impressas em `laser' com qualidade gráfica, próprias para serem fotografadas, ou entrega de PDF final em PEN. Textos corrigidos por dicionários `informáticos' pessoais minuciosos; sem dispensa de revisão de texto competente.

 

OS PROBLEMAS ATUAIS NA PUBLICAÇÃO DE LIVROS

    As editoras são presentemente obrigadas a fazer tiragens satisfatórias para amortizar encargos fixos e, por este motivo, as obras para as quais existe a previsão de venderem muito é que têm mais probabilidade de serem publicadas.

    Um trabalho (que pode até ser discutível na língua ou no conteúdo) torna-se mais facilmente comercializável se o seu autor tiver um nome muito conhecido; mas o autor só é bem conhecido como escritor se as suas obras se venderem muito. É o primeiro círculo vicioso negativo na publicação de livros no nosso país, pequeno no número relativo de leitores…

    Tem havido na feitura dos livros a tradição de que as margens comerciais (para o fabrico, a distribuição e o retalho) incidem sobre o preço de capa, isto é sobre o preço de venda final e não sucessivamente sobre os vários custos em cada uma das fases da transação (gráfica, distribuição, livraria). A este empolamento das comissões são ainda acrescentadas margens legítimas para a concepção e correção (na editora que não dispõe de gráfica própria) e para o autor, via de regra também sobre o preço de capa. Assim, tem acontecido que um livro acaba por ficar com um preço de venda ao público exagerado, entre quatro a quase cinco vezes o seu custo na gráfica (enquanto num produto normal raramente ultrapassa duas vezes o de fábrica). Nestas condições, quando se fazem poucos exemplares, as verbas fixas de produção tornam o preço final desencorajador; e quando se fazem muitos, para diluir os encargos fixos na quantidade (e se não existe uma boa máquina publicitária a promovê-los), podem ficar depois vários livros por por vender (numa era de interesses audiovisuais mais absorventes...). É o segundo círculo vicioso negativo, que no espírito de algumas editoras determina o primeiro.

    No caso de as editoras enveredarem diretamente pelo mercado das grandes superfícies, suprimindo fases intermédias, então as margens são esmagadas pelo poderoso comprador, que, além disso, só se interessa por livros de grande rotatividade. Ora esta atitude levou muitas livrarias a fazer o mesmo, desinteressando-se das obras  que vendem pouco, por uma questão natural de sobrevivência...

    Em resumo, as editoras, portanto, não podem agora, como antigamente faziam, aventurar-se em obras de escoamento não assegurado, mesmo que as considerem de qualidade (como já tem acontecido...), pois ficaram sem pontos de venda para essas experiências de risco (aliás muitas vezes frutuosas a longo prazo).

    Nas dificuldades acima citadas de comercialização dos livros em Portugal, há quem diga que um trabalho especial como o «Ulisses», de Joyce, provavelmente nunca seria aqui publicado; ou só o seria com patrocínio comercial generoso, com mecenato ou considerado a valor perdido... (para ofertas, por exemplo).

    O recurso de um autor se resolver a custear as suas próprias edições (como consta que fez Miguel Torga) tem outros problemas. Umas vezes vê-se bloqueado na distribuição, pois esta depende muito das editoras, às quais a distribuição tem necessidade de preferir; outras vezes é enganado em pequenos editores fraudulentos, que não imprimem os exemplares que prometem pelo dinheiro que recebem ou não colocam no mercado aqueles que imprimem como prometeram.

    Bem hajam as editoras que conseguem subsistir fora do sistema. São raras e preciosas. Deviam ser mais acarinhadas pelo Estado democrático, quando, sem fins mediáticos e muitas vezes com sacrifício económico inicial, protegem no país a mensagem inovadora e a criatividade dos escritores. Esperemos também que o aperfeiçoamento tecnológico, permitindo economicamente menores tiragens, traga uma boa ajuda a estas beneméritas editoras.  
 

    *Registos de exemplares das obras na Direção Geral dos Espetáculos e do Direito de Autor ou na Inspeção-Geral das Atividades Culturais.

 

 

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